3 de dez. de 2009

Os olhos de Maria.


Eram duas ou talvez três da madrugada, ele, ainda ali sentado na beira da calçada esperava que ela voltasse e lhe arrancasse toda a dor do coração que sentia nesse momento.
Uma leve brisa alisava seu rosto e esfriava suas lágrimas que insistiam em cair lentamente, uma seguida da outra.
A noite passava e sua cabeça parecia explodir, num misto de tristeza e a dor causada pelo choro continua; na verdade se isso acontecesse seria um alívio para ele.
De longe, Maria olhava pra ele. Apenas olhava.
Acho que agora ele tentava secar os olhos, na esperança de que ela voltasse.
Sozinho, ele levantou-se e pôs-se a caminhar sem rumo pela madrugada.
Ele não era do tipo romântico, mas sentia falta de amor, sentia falta de carinho, sentia falta de alguém perto.
No seu trajeto sem rumo, pensou em tudo isso. Teve a sensação de que olhos ainda o seguiam.
Era Maria; que sem encontrar motivos o acompanhava de longe.
Ele parou, acho que hesitou em sentar novamente, mas desistiu. Já era tarde.
Voltar pra casa, deitar na cama e colocar a cabeça no travesseiro macio com fronhas qaudriculadas seria a melhor maneira de pensar melhor na sitação que lhe ocorrera essa noite. Isso foi só um pensamento.
Ele foi pra casa e parou diante da porta.
Por um descuido, Maria se permitiu ver por ele.
Se entreolharam por um tempo.
Ele sentou. Maria ficou lá, em pé, parada olhando-o.
Ele ia entrar; Maria o chamou.
Deu-lhe um abraço. Do seus lábios um sorriso sincero escapou.
Ele entrou.
E a brisa, ainda alisava rostos pela madrugada, agora o de Maria.

Um comentário:

Anônimo disse...

....sempre q eu leio...sinto a sensibilidade da sua imaginação....(D).Suave como a brisa.