12 de jul. de 2010

Não

Quebrado 
Quebrado 
Sentado encolhido num cantinho 
Ele deixava seus olhos lavarem a face 
Molhadas, caíam repetidamente 
Sem parar 
Sem parar 
Chorava, chorava 
Se foi e não volta mais 
Não volta mais, oh não volta mais.

2 de jul. de 2010

Subjetividade Objetiva

Sinto suas mãos deslizando pelo meu corpo.
Sua boca ansiando por algo que eu talvez esteja querendo realizar;
Seus olhos atentos
Procurando qualquer movimento que eu possa fazer,
Ou esperando qualquer ação que eu possa tomar,
Seu desejo crescente de me abraçar,
Seu medo latente de eu rejeitar,
O meu desejo constante de gritar,
Minha unha voraz a arranhar,
Meus olhos doces o encaram,
Suas mãos macias, ainda deslizam no meu corpo.
Nossos corpos tão pertos.
Nossa respiração ritmada e conjunta.
Não me tire daqui. Não saia daqui.