18 de dez. de 2009

Prisioneiro emoldurado

Paris ainda despertava e Marine abria os olhos com a luz que entrava pela janela de seu quarto.
A noite de sono agitada devido aos seus sonhos conturbados a deixaram com olheiras profundas.
Ela sabia que o passeio que planejara pra hoje seria no mínimo bom. Ela iria sozinha.
Acreditava em si mesma e possuía "auto-diversão". Longe da família ela aprendera a ser sozinha, a se divertir sozinha. Se divertia fotografando.

Levantou-se e tomou seu café da manhã.
Já aos pés da Tour Eiffel ela observava sentada o movimento dos turistas; com sua câmera fotografava-os. Cada movimento era capturado pela lente de sua câmera.
A foto que ela tirava agora, chamaria sua atenção quando revelasse ela.
Resolveu ir para casa e já na sala escura as imagens iam aparecendo.
Foi quando sem saber o nome do rapaz, olhou-o preso ali no papel fotográfico.
Com um sorriso forte, uma mochila com a alça atravessada pelo peito, um blusa preta e calça comum na luz do sol fraco que fazia lá pela hora do almoço.
Ela observava cada detalhe da foto, as outras fotos perderam completamente seu foco diante daquela que ela obervava e cuidava mais atenciosamente.
E foi ali sentada na cadeira que ela se deu conta, agora era só uma foto. Nada mais.
Preso no papel, emoldurado num quadro, aquele sorisso enfeitaria alguma parede agora.
Anoitecia e Marine adormecia.
Amanhã mais sorrisos, gestos e movimentos seriam presos pela lente da câmera.

Preso no papel, emoldurado num quadro, aquele sorriso enfeitaria alguma parede.

2 comentários:

dand disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Lazzu, essa história bem que podia continuar. Percebo que suas histórias tem um inicio, meio e fim no mesmo post. Mas esta vc deixou uma brecha.

4 bjos.