17 de jan. de 2010

Queda D'Água

Passando pela estrada retilínea e extremamente longa, eu observava algumas quedas de água que cortavam a densa mata que cobria o chão da serra, acima haviam nuvens baixas que cobriam seus picos. Enfim, as cachoeiras me faziam lembrar de mim mesmo e viajar pra dentro de minhas próprias lembranças.
Do alto das pedras a água descia veloz e hora ou outra se chocava com alguma pedra e a pequena nuvem esbranquiçada se formava ao redor da mesma. Vez ou outra eu quebrava a cara com alguém ou alguma idéia mal sucedida, eu partia e formava nuvens pequenas também e logo depois já me regenerava num poço por perto, intacto e transparente.
A velocidade aumentara e mais rápido eu percorria a estrada.
Outras visãos de outras quedas de água eu tinha, cada uma com sua particularidade.
Vi uma em que a água apenas contornava as pedras diante de uma pequena queda. Eu na maioria das vezes contornava meus problemas como forma de enfrentá-los e resolvê-los; assim eu fazia. A árvore com flores em sua copa dava o tom de alegria ali por perto, sutil e alegre. Tão natural.
Uma outra logo ali tão alta, lembrava meus momentos de liberdade em que subia bem alto e o som que a queda fazia era harmônico; o próprio grito de liberdade que muitos desejam dar. Com frequência eu o fazia.
Bem vindo a cidade, dizia a placa. Dos meus pensamentos eu fora arrancado e trazido a realidade.
Não adiantava disfarçar, o sorriso em meu rosto era evidente, assim como o rio que se entregava ao mar.

Um comentário:

Anônimo disse...

hey, hoje é seu dia de escrever, husushushu'

Lázz ficou muito bonito o texto, me fez até sorrir com a beleza das senas descritas.
Como sempre muito sutil e sincero!

Parabéns!