Já fazia tempo que estava ali em pé esperando que tomasse certa dose de coragem para vir falar comigo.
Eu apenas esperava.
Haviam fotos, cartas, gestos, atitudes e várias outras coisas que me davam uma certa certeza sobre ele, mas eu deixava tudo fluir calmamente.
Eram evidências pequenas e marcantes.
O sorriso tímido que desprendia de seu rosto era atraente; demais até, ao ponto de quase me fazer tomar o seu lugar e chegar ao ponto de ir puxar um assunto qualquer.
Me controlei e esperei.
Aos poucos a timidez foi sendo vencida e ele se aproximava devagar, acho que no fundo era um certo receio a minha reação.
Mau sabia ele...
Chegou e me disse um "oi" na intenção de que alguma conversa fosse a partir dali iniciada. Foi o que aconteceu.
Eu lia suas vontades pelos seus olhos. A minha era a igual.
Algum tempo passou e a conversa foi tão boa que nem perebemos.
Meio que sem notarmos, ficamos em silêncio por um breve tempo, isso se repetiu umas três vezes. A cada pausa de tempo em silêncio nos olhavamos carinhosamente. Fui abraçado repentinamente e adorei a sensação. Ele segurou minha mão e eu me senti confortado.
Nos beijamos.
Um comentário:
Me dê suas mãos.
(D)
Postar um comentário